Aproveitar o ensejo da data para lembrar que as pessoas com algum tipo de deficiência devem ter seus diretos civis protegidos, acesso à saúde e políticas públicas que garantam proteção é reverberar a luta de pais atípicos. Sim, isso é importantíssimo para provocar a reflexão no conjunto social.
Nós, do Hospital Cura d’Ars, entendemos que é preciso avançar ainda mais e trazer sempre à tona a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho para que possam prover as próprias existências na vida adulta e protagonizem suas vidas.
Eles não são – nem podem ser vistos – como números em uma planilha para cumprir a legislação de proporção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. E é aí que entra um alerta fundamental e nossa contribuição como instituição de saúde.
Vamos falar sobre o diagnóstico preciso e precoce. Sabemos que esse pode ser um processo longo e, por vezes, moroso a depender de qual tipo de deficiência a ser avaliada — seja ela física, intelectual, auditiva, visual ou múltiplas — mas é fundamental para que cada pessoa receba a assistência adequada em tempo hábil. Quando identificado com precisão, o quadro clínico permite, além do planejamento terapêutico adequado, o direcionamento para inclusão educacional e profissional, respeitando as potencialidades e necessidades de cada indivíduo.
Diagnóstico e inclusão profissional devem caminhar juntos. Para além de ser um direito assegurado por lei, a inclusão das pessoas com deficiencia no mundo do trabalho ainda enfrenta dificuldades no Brasil e o diagnóstico preciso exerce papel estratégico nesse processo porque:
- Permite que programas de capacitação sejam desenhados de acordo com as habilidades e limitações reais de cada pessoa;
- Facilita a implementação de adaptações no ambiente de trabalho, garantindo condições de segurança e produtividade;
- Valoriza o talento e o potencial humano, transformando a deficiência em apenas uma característica e não uma barreira.
Esse é um compromisso com a vida e a dignidade do qual partilhamos e entendemos nosso papel para que essa inclusão seja verdadeiramente efetiva, juntamente com as empresas, as famílias e a sociedade. O diagnóstico clínico correto é o ponto de partida, mas é o olhar humano e a valorização das capacidades individuais que consolidam a inclusão. Afinal, a saúde abre caminhos para a autonomia, e a autonomia é a base da verdadeira inclusão.